Câmara desampara meninas vítimas de estupro e aprova o PDL da Pedofilia

F: Divulgação Um dia após a aprovação do PDL 3/2025 pela Câmara dos Deputados, a campanha  Criança Não é Mãe   publicou uma nota que classifica  a decisão como “constrangedora, desumana e politicamente obscena”. O projeto suspende a Resolução 258/2024 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que estabelece o fluxo de atendimento para meninas vítimas de violência sexual. Na nota, a campanha observa que a Resolução 258/2024 não cria novos direitos, mas apenas organiza o acesso ao aborto legal, previsto desde 1940 no Código Penal, e orienta profissionais de saúde, escolas e conselhos tutelares a garantir acolhimento e sigilo. Portanto, com a aprovação do PDL 3/2025, a Câmara desautoriza uma norma de proteção e expõe meninas engravidadas por estupradores à revitimização e à tortura institucional. “É execrável ter um Parlamento que afirma defender a infância fingindo não saber o que significa obrigar uma criança a seguir com a gravidez decorrent...

Conab e UnB lançam piloto para monitorar safras de produtos orgânicos, agroecológicos e da sociobiodiversidade

(Imagem: Freepik)

Propor uma metodologia de monitoramento digital das safras de alimentos orgânicos, agroecológicos e provenientes da sociobiodiversidade. Este é o objetivo do Monitora Safra Saudável, um projeto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) junto com o Centro de Gestão e Inovação da Agricultura Familiar da Universidade de Brasília (Cegafi-UnB). A parceria visa também somar esforços na geração de dados, de forma a complementar as informações já disponibilizadas pela Companhia.

“A partir desta iniciativa, espera-se obter um panorama da atual situação da produção orgânica, agroecológica e da sociobiodiversidade no país. Esses dados irão auxiliar na criação de políticas e programas mais assertivos, a fim de investir em estratégias para fortalecer seus mercados e fomentar as ações de segurança e soberania alimentar”, destaca o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto. 

O projeto Monitora Safra Saudável enviará, para o telefone de cada agricultor(a) e extrativista, via whatsapp, uma mensagem de convite para participar da pesquisa, apresentando seus objetivos e também informando como proceder em caso de dúvidas. Se o respondente confirmar sua participação, ele receberá, em seguida, uma lista de mais ou menos 5 perguntas sobre sua produção. A proposta inova ao permitir que os (as) próprios (as)  agricultores (as) e extrativistas possam declarar, a partir de seus próprios telefones, os dados sobre suas safras.

“Esta configuração torna a produção de dados muito mais ágil e econômica, além de mais confortável para os agricultores, que podem agora escolher o momento mais conveniente para responder às perguntas, sem precisar interromper suas jornadas para receber um pesquisador.”, explica o professor e coordenador do Cegafi-UnB, Mário Ávila. 

Dentro desta estratégia, as organizações sociais e agentes de campo assumem um importante papel de multiplicação da estratégia de monitoramento, e também podem ser fundamentais na etapa de validação dos dados. 

“Um dos pontos sensíveis do projeto é o engajamento e adesão dos produtores ao questionário via tecnologia chatbot. Por isso, a mobilização e articulação nas bases será estratégica de modo a passar confiança para os produtores, a fim de garantir a resposta dos questionários e assegurar a manutenção do engajamento das pessoas ao longo de toda a duração da pesquisa”, ressalta o coordenador do projeto, Mauro Del Grossi.

Tendo em vista o grande número de golpes e fraudes que acontecem hoje na internet, é importante que os respondentes fiquem atentos a qualquer pedido que fuja do espectro da pesquisa, uma vez que não serão solicitados dados sensíveis (CPF, renda, dados bancários, endereço) ou mesmo o pedido de pagamentos. Sempre que o respondente se sentir inseguro, poderá acionar o suporte da pesquisa pelo próprio chat, digitando AJUDA, ou, se preferir, escrever para comunica@cegafiunb.com

Durante o desenvolvimento do estudo-piloto, as agricultoras e agricultores agroecológicos do Polo da Borborema (PB) e as quebradeiras de coco babaçu e os extrativistas de látex e castanha-do-Brasil na Amazônia serão os primeiros a experimentar a iniciativa. A expectativa é que o monitoramento ocorra ao longo dos próximos 2 anos, se estendendo para todas as regiões brasileiras. 

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