Quebrando Tabu: Estudo revela desempenho de atletas trans em vôlei

Visibilidade trans (F: Freepik) Com o objetivo de responder se as mulheres transgênero (que se identificam com o gênero oposto ao atribuído ao nascer) submetidas ao esforço físico teriam as mesmas capacidades desportivas que as mulheres cisgênero (que se identificam com o gênero atribuído ao nascer), um grupo de pesquisadores do Centro Universitário São Camilo realizou uma pesquisa inédita no mundo com atletas amadoras de vôlei e revelou importantes aspectos físicos, nutricionais, psicológicos e de performance. Realizado por Leonardo Alvares, professor da Faculdade de Medicina do Centro Universitário São Camilo, e integrado por professores de Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Biomedicina da mesma instituição, o estudo busca compreender se as mulheres trans, nascidas biologicamente homens, apresentam alguma vantagem esportiva em comparação com as mulheres cisgênero. O enfoque específico recai sobre atletas de vôlei, tornando-se o primeiro estudo global a abordar diversas facetas da p

Bia Figueiredo faz história e torna-se a primeira mulher a vencer a Copa Truck

Neste final de semana, Bia Figueiredo tornou-se a primeira mulher a conquistar uma vitória na Copa Truck, categoria brasileira de caminhões preparados para corridas. Território majoritariamente masculino, o triunfo rompe uma sequência de 27 anos com homens na liderança. E a quebra de padrões vai além: Rachel Loh, chefe da equipe ASG Mercedes-Benz e engenheira da Bia, também se consagra como a primeira mulher chefe e engenheira da Copa Truck a subir no lugar mais alto do pódio.

E esse feito é histórico. “Não é uma vitória minha e da Rachel. É uma conquista de todas as mulheres que ocupam profissões e têm cargos que as pessoas gostam de rotular como se fosse um lugar só deles. Essa é uma conquista de uma piloto e de uma engenheira, e também das mulheres que estão nos volantes, nas estradas, trabalhando nas montadoras, na logística e em tantas outras profissões. Quando uma mulher rompe uma barreira, todas as mulheres rompem também”, diz Bia, emocionada. 

A competição de caminhões preparados para corridas teve sua largada inicial em 2006, ainda com o nome de Fórmula Truck e, desde então, nunca uma mulher havia subido ao lugar mais alto do pódio. Porém, vale lembrar que a piloto Debora Rodrigues é a pioneira da categoria, conquistou vários pódios e, por causa dela, muitos paradigmas sobre mulheres nas pistas foram rompidos.

 “O automobilismo é um dos únicos esportes em que mulheres e homens, e pessoas de diferentes idades, competem em igualdade. E isso nos faz refletir sobre o que é igualdade. Nas pistas, somo apenas duas, com mais de 30 homens no grid. A Raquel é a única chefe e engenheira da categoria”, analisa a piloto, que acumula também o cargo de representante da América do Sul na Comissão de Mulheres da FIA, e que tem trabalhado fortemente por mais mulheres no automobilismo.

Bia destaca, ainda, que a conquista acontece dentro das pistas, mas que fora delas ainda temos uma longa jornada, já que a diferença de remuneração entre homens e mulheres voltou a subir no país e atingiu 22%, segundo dados do IBGE. Isso mostra que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem. Quando olhamos para cargos de liderança das empresas no mundo todo, temos apenas 37% de mulheres, uma diferença ainda significativa.

“Por isso, volto a afirmar que esse segue sendo um tema atual, e que precisamos falar dele. Dizer que cada conquista de uma mulher, é uma conquista de todas as outras. Eu sei que essa é um fato histórico, merecido e que será muito celebrado. Estou feliz, orgulhosa pelo trabalho realizado, e agradecida por tanto apoio”, explica a piloto do Mercedes-Benz #111 da ASG Motorsport.

Vitória também de uma mãe!

O primeiro lugar no final de semana celebrou outra conquista inédita: nunca uma mãe havia subido no pódio de uma categoria de elite do automobilismo nacional. Bia é mãe de dois meninos – Murillo Luz, de 3 anos, e Matteo Luz, de 1 ano e 8 meses - e essa foi a primeira conquista dela após a maternidade. “Todo mundo me pergunta se depois de ser mãe eu fiquei insegura em pilotar um caminhão de 4 toneladas, ou de acelerar a mais de 200 km por hora. A resposta vem agora: não. A maternidade me trouxe muita coragem, e hoje faço isso pela Bia mulher, e por todas as mães”, celebra 

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