Mais de cem mortos no Rio: ação vitimiza população e policiais sem desarticular de forma sustentável as organizações criminosas

F: Reprodução O Instituto Sou da Paz lamenta e repudia a megaoperação policial realizada no Complexo do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, uma tragédia sob todos os enfoques. Até o momento, soma-se mais de 64 pessoas mortas, dentre elas quatro policiais, o que faz com que essa seja a operação mais violenta da história recente. Sabemos que a situação no Rio de Janeiro é extremamente complexa e um desafio enorme para as instituições de segurança pública, mas enfrentar o crime organizado com operações de ocupação massiva nas suas áreas de domínio territorial não tem trazido resultados sustentáveis, sendo  uma lógica ineficiente e comprovadamente letal para a população. Esse tipo de estratégia não ataca os elos centrais do crime organizado, não rompe as rotas do tráfico de drogas para países europeus, não desmonta seus mecanismos de lavagem de dinheiro ou de abastecimento de armas. Além disso, gera um acirrado fogo cruzado em áreas densamente habitadas, colocando em risco direto a v...

Aluna de Goiânia vai representar jovens do Centro-Oeste em projeto de educação ambiental na COP 30

F: Divulgação
A aluna Júlia Moreira, de 16 anos, estudante da escola Maple Bear, em Vila Maria José, Goiânia, é uma dos cinco jovens selecionados para representar os estudantes brasileiros no Projeto Empatia, em Belém, durante a COP 30. Trata-se de uma iniciativa gratuita do Edify Education que reúne alunos de todo o Brasil para discutir e propor ideias coletivas para os desafios climáticos.

Dedicada aos estudos e apaixonada por competições acadêmicas, Júlia já participou de simulações da ONU, trazendo bons resultados para o Brasil. Preocupada com o futuro do planeta, encontra motivação no amor pelos animais e no desejo de proteger o bioma do Cerrado. A estudante vê sua participação como uma oportunidade de dar visibilidade à região Centro-Oeste e às comunidades indígenas que ali vivem.


“Sinceramente, eu não acreditei quando soube que havia sido escolhida. Muitas vezes, quem é de Brasília recebe mais visibilidade quando o assunto é Centro-Oeste, então não imaginava que seria selecionada. Mas, logo percebi a responsabilidade: preciso trazer luz para o Cerrado goiano e também para as populações indígenas que vivem aqui. A crise climática é uma guerra que travamos não apenas contra o meio ambiente, mas contra nós mesmos. Se não mudarmos agora, será uma luta que perderemos juntos,” afirma Júlia.


O Projeto Empatia é gratuito e voltado para alunos de escolas públicas e privadas de todo o país, com idades entre 14 e 18 anos. A proposta é discutir os impactos da crise climática, desenvolvendo as competências necessárias para formar futuros líderes. Este ano, com o tema “Desafios do Clima”, mais de 8 mil estudantes se inscreveram. Para avançar no processo, os candidatos produziram vídeos de um minuto, em inglês, apresentando suas perspectivas sobre ameaças ambientais. 


Os autores dos 100 melhores vídeos foram selecionados para encontros regionais sobre emergência climática. Desses encontros, saíram os cinco jovens vencedores que embarcarão para Belém (PA), onde representarão o grupo maior de estudantes, apresentando e debatendo as demandas e soluções pautadas pelo grupo de jovens.


“Nessas três edições, notamos o quanto a urgência climática é uma pauta que mobiliza os jovens. O projeto Empatia é uma oportunidade de dar protagonismo aos alunos e inspirá-los a agirem. É incrível ver como os alunos saem empoderados das dinâmicas que fazemos em sala, e da possibilidade de falar em inglês sobre um assunto que é relevante para eles. A educação bilíngue é uma ferramenta poderosa para a formação integral de cidadãos preparados para lidar com os desafios do nosso tempo”, afirma Marina Dalbem, Co-CEO do Edify Education.

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