Mabel pede autorização para empréstimo de R$ 132 milhões

F: CMG Chegou à Câmara de Goiânia, nesta semana, p rojeto de lei  que pede autorização do Poder Legislativo para contratação de operação de crédito pela Prefeitura junto ao  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social  ( BNDES ) , com ou sem garantia da União, at é  o valor de R$ 132  milhões . A proposta é   de autoria do prefeito Sandro Mabel (União Brasil). Segundo o texto, os recursos serão destinados à expansão de tecnologias voltadas à digitalização de processos internos e à modernização de sistemas tributários e administrativos, como forma de tornar mais eficientes a arrecadação e o atendimento ao contribuinte. Ainda de acordo com o Executivo, o dinheiro também será aplicado na estruturação do Centro de Operações da Cidade, que atuará como núcleo inteligente de monitoramento e de integração de dados referentes a diversas áreas da administração municipal.

Atos de domingo sepultam PEC da Blindagem

Rua 10 totalmente tomada (F: Milton Santos)
Foi surpreendente para a própria esquerda. Em apenas três dias, atos gigantescos foram realizados em todo o país contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia. No domingo, mesmo redutos bolsonaristas, como Goiânia, foram tomados por manifestantes de todas as idades contra os projetos.

A PEC da Blindagem, resultado da união de interesses do centrão com a extrema direita (com vergonhosas participações de deputados da esquerda), aprovada na Câmara Federal, impede a investigação de parlamentares por qualquer tipo de crime, como assassinatos, estupros e lavagem de dinheiro para o PCC, por exemplo. A reação da sociedade, porém, sepultou o projeto, que deve ser arquivado no Senado.

Desidratado, o PL da Anistia, por outro lado, ganhou fôlego com a entrada do golpista Michel Temer e do pai da desconfiança das urnas eletrônicas, Aécio Neves (PSDB), na negociação. Ao que parece, a proposta que vai prosperar será aquela que mantém as condenações, mas reduz as penas dos golpistas.

A socieade deve ficar atenta, porém, com as artimanhas que podem surgir durante a tramitação da proposta.

Goiânia

A Praça Universitária foi palco de um ato massivo e vibrante na tarde desse domingo (21). Uma multidão, estimada pelos organizadores em 50 mil pessoas, tomou conta do local com bandeiras, cartazes e batuques para dizer um firme “não” à chamada PEC da Blindagem e a qualquer possibilidade de anistia para envolvidos em atos golpistas.

Organizado em apenas três dias, o evento demonstrou a força da mobilização popular e a sintonia de Goiânia com o calendário nacional de lutas. A cor vermelha entremeada a bandeiras do Brasil e camisetas transmitindo mensagens de “Brasil é dos brasileiros” e “Brasil Soberano” predominaram no mar de pessoas, que acompanhou uma programação com discursos de lideranças políticas e de representantes de movimentos sociais e com apresentações de artistas locais como Maíra Lemos, Beaju, Laércio Correntina, Gilberto Correia e Xexéu. Um número significativo de crianças, acompanhadas de suas famílias, marcou presença, reforçando o caráter popular e democrático do ato.

O vereador Fabrício Rosa (PT), um dos organizadores, destacou a importância histórica do evento: “Goiânia deu uma resposta clara hoje. Esta praça, tomada pela militância de esquerda não compactua com nenhum tipo de impunidade. O povo se manifestou e está dizendo não à anistia e não à PEC da Bandidagem. Esse ato foi crucial para frear os avanços da extrema-direita e para mostrar que Goiânia não é uma cidade conservadora como tentam pintar”.

A manifestação contou com a presença e com falas de diversas lideranças políticas e acadêmicas, incluindo a deputada federal Adriana Accorsi (PT); os vereadores Fabrício Rosa e Kátia Maria (ambos PT); e o vereador Tales de Castro (PSB), de Aparecida de Goiânia. Lideranças históricas da esquerda goianiense, como o ex-prefeito Pedro Wilson (PT) e o professor Pantaleão (UP), também somaram ao ato, dialogando com a militância. As reitoras das três maiores universidades da capital estiveram presentes: Angelita Pereira (UFG); Oneida Irigon (IFG); e Olga Izilda Ronchi (PUC-Goiás). Ao ser indagada sobre a importância de participar, Olga Ronchi respondeu: “Eu não poderia estar em outro lugar hoje”.

Por volta das 18 horas, manifestantes caminharam festivamente pela Avenida Universitária em direção à Praça Cívica. O ato foi encerrado com mais apresentações culturais e com execução do Hino Nacional, marcando um dia de resistência democrática e de defesa do Estado Democrático de Direito. 

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