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Foto: CMG |
Durante a Sessão Plenária desta quarta-feira (25), na Câmara de Goiânia, a vereadora Aava Santiago (PSDB) usou o tempo da liderança do partido para cobrar esclarecimentos do secretário municipal de Cultura, Uugton Batista, por declaração considerada ofensiva aos vereadores.
A fala ocorreu durante Sessão Solene realizada em 30 de maio, em homenagem ao Dia da Cultura e para entrega da Comenda ao Mérito Júlio Vilela, no Plenário da Câmara de Goiânia. Na ocasião, o secretário afirmou: “Existe muita gente imbecil. Inclusive vereador aqui imbecil.”
Ao rebater a declaração, Aava afirmou que o secretário deveria ter usado o espaço institucional para apresentar avanços da gestão, mas preferiu ofender o Parlamento. “Não é fácil ser oposição a um Executivo que se acovarda diante do Parlamento quando questionado sobre prioridades da cidade. Essa fala desrespeita o Legislativo e atinge todos os mandatos eleitos pela população. Ele terá que se explicar à Câmara e à sociedade”, declarou.
Em requerimento protocolado no dia 24 de junho, Aava solicita que a Secretaria Municipal de Cultura preste esclarecimentos formais sobre a declaração. O documento, fundamentado no Regimento Interno da Câmara, reforça o papel fiscalizador do Legislativo diante de condutas que violem o respeito institucional.
Em sua fala, Aava também criticou gastos da gestão municipal com festividades. Ela destacou a contratação, por R$ 60 mil, de empresa responsável por queima de fogos com estampido no “Grande Arraiá de Goiânia”, evento realizado entre 18 e 29 de junho. O gasto fere a Lei Municipal 10.896/2019, de autoria do vereador Anselmo Pereira (MDB), que proíbe fogos barulhentos em eventos públicos na capital.
“É inadmissível que o Paço insista em ignorar a legislação e as prioridades da cidade. Cultura é fundamental, mas saúde, educação, limpeza e iluminação pública também são. A Prefeitura está infringindo uma lei que ela mesma deveria fazer cumprir. Como será feita a cobrança da multa? Quem assume essa responsabilidade – a empresa, o secretário ou o contribuinte?”, questionou.
Aava ainda criticou o uso político de recursos públicos. “Um parlamento que se cala diante de gastos abusivos com cachês e com contratações que, muitas vezes, beneficiam relações pessoais da gestão, enfraquece a democracia. Eu cumpro meu papel de fiscalizar, de propor e de defender o interesse público. Se isso incomoda, é porque estamos no rumo certo.”
O requerimento aguarda deliberação do Plenário e, se aprovado, será encaminhado à Secretaria Municipal de Cultura para resposta oficial.
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