Quebrando Tabu: Estudo revela desempenho de atletas trans em vôlei

Visibilidade trans (F: Freepik) Com o objetivo de responder se as mulheres transgênero (que se identificam com o gênero oposto ao atribuído ao nascer) submetidas ao esforço físico teriam as mesmas capacidades desportivas que as mulheres cisgênero (que se identificam com o gênero atribuído ao nascer), um grupo de pesquisadores do Centro Universitário São Camilo realizou uma pesquisa inédita no mundo com atletas amadoras de vôlei e revelou importantes aspectos físicos, nutricionais, psicológicos e de performance. Realizado por Leonardo Alvares, professor da Faculdade de Medicina do Centro Universitário São Camilo, e integrado por professores de Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Biomedicina da mesma instituição, o estudo busca compreender se as mulheres trans, nascidas biologicamente homens, apresentam alguma vantagem esportiva em comparação com as mulheres cisgênero. O enfoque específico recai sobre atletas de vôlei, tornando-se o primeiro estudo global a abordar diversas facetas da p

Brumadinho, 4 anos e 8 meses: Ato dos familiares das vítimas cobra justiça e alerta para prevenção de suicídio

Ato de 4 anos e 8 meses do rompimento (F: Yasmin Marques)
Os familiares das vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, realizaram hoje um ato para marcar os 4 anos e 8 meses da tragédia-crime. Em 25 de janeiro de 2019, exatamente às 12h28, ocorreu a ruptura da barragem da mineradora Vale, despejando uma onda de lama de minério que matou 272 pessoas em poucos minutos. 

No ato, os familiares clamaram por justiça, para que os culpados sejam responsabilizados; encontro de Tiago Silva, Maria de Lurdes Bueno e Nathália Araújo, as 3 vítimas ainda não encontradas; memória, para que a tragédia não seja esquecida; reconhecimento dos direitos dos familiares em todas as esfera; e não repetição do crime. 

A celebração aproveitou a campanha Setembro Amarelo para reforçar a importância das ações de conscientização e prevenção ao suicídio, lembrando o quanto a tragédia em Brumadinho prejudicou a saúde mental dos familiares das vítimas e demais atingidos pelo rompimento da barragem. 


“Após o dia 25 de janeiro de 2019, infelizmente, a doença mental tem atingido severamente, e cada dia mais, os familiares e as comunidades atingidas. Então, neste Setembro Amarelo, nós trouxemos a cor que simboliza a ação para as rosas e balões. E que onde nossos 272 amores estejam, que eles fortaleçam essa campanha”, disse a presidente da Avabrum (Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho), Andresa Rodrigues, que perdeu o único filho, Bruno Rodrigues, na tragédia-crime da Vale. 


Exposição de Mineração e Seminário dos Bombeiros


Os representantes da AVABRUM aproveitaram o ato para informar os demais familiares de vítimas sobre as ações da associação na Exposibram-2023 (Expo & Congresso Brasileiro de Mineração), que ocorreu entre os dias 28 a 31 de agosto em Belém (PA), e sobre uma futura agenda da entidade, que estará entre 4 e 6 de outubro na 21ª edição do Seminário Nacional de Bombeiros em Gramado (RS).


Em Belém, representaram a diretoria da AVABRUM na Exposibram os familiares de vítimas Jacira Costa, mãe de Thiago Costa, que era mecânico da Vale; Maria Regina da Silva, mãe de Priscila Elen Silva, que era técnica em manutenção da Vale; e Felipe Coelho, filho de Olavo Henrique Coelho, também funcionário da mineradora.


“Nós não podemos deixar esse crime em vão. Nós não podemos parar. E é isso que a AVABRUM faz. Ir atrás, lutar, estar presente onde tem esse tipo de mineração. Lá no Pará, o nosso estande foi o mais visitado. Todas as pessoas queriam ouvir nossa história. As pessoas queriam ouvir nossos relatos, e saber o porquê estávamos lá. Na Exposibram, nós tivemos a oportunidade de mostrar o tamanho dos danos causados pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho”, afirmou Maria Regina.


Emoção, fé e esperança


Durante a solenidade, um dos momentos de maior emoção aconteceu quando os familiares realizavam a chamada dos nomes das 272 vítimas fatais. Quando o relógio completou 12h28, momento que marca o colapso da barragem, foi feito 1 minuto de silêncio. Logo após, de mãos dadas, os participantes fizeram a soltura de 272 balões, sendo 269 amarelos e 3 vermelhos, simbolizando as vítimas ainda não encontradas. Na solenidade, também houve um momento de fé, esperança e a apresentação do Coral do Centro Cultural Casa do Camilo. 


O próximo ato será realizado no dia 25 de outubro de 2023. Para saber mais, acompanhe o site e as redes sociais da associação.

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