Quebrando Tabu: Estudo revela desempenho de atletas trans em vôlei

Visibilidade trans (F: Freepik) Com o objetivo de responder se as mulheres transgênero (que se identificam com o gênero oposto ao atribuído ao nascer) submetidas ao esforço físico teriam as mesmas capacidades desportivas que as mulheres cisgênero (que se identificam com o gênero atribuído ao nascer), um grupo de pesquisadores do Centro Universitário São Camilo realizou uma pesquisa inédita no mundo com atletas amadoras de vôlei e revelou importantes aspectos físicos, nutricionais, psicológicos e de performance. Realizado por Leonardo Alvares, professor da Faculdade de Medicina do Centro Universitário São Camilo, e integrado por professores de Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Biomedicina da mesma instituição, o estudo busca compreender se as mulheres trans, nascidas biologicamente homens, apresentam alguma vantagem esportiva em comparação com as mulheres cisgênero. O enfoque específico recai sobre atletas de vôlei, tornando-se o primeiro estudo global a abordar diversas facetas da p

Orgulho LGBTQIAPN+: como promover medidas de inclusão e diversidade na sua empresa

Imagem de chandlervid85 no Freepik
A inclusão e a promoção da diversidade têm se tornado prioridade no ambiente empresarial, especialmente no que diz respeito às vagas afirmativas para pessoas LGBTQIA+. Um estudo inédito no Brasil, realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), identificou que quase 9% da população do país, cerca de 18 milhões de pessoas, fazem parte da comunidade, embora o próprio IBGE declare que os números podem estar abaixo da realidade. Em um país em que se registraram mais de 270 pessoas LGBT mortas violentamente só em 2022 (Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil), muita gente ainda não se sente segura para declarar sua orientação sexual. 

Para incluir essas pessoas e promover contratações com maior diversidade, uma das práticas-chave é a sensibilização da equipe de recrutamento e da liderança, responsáveis pela seleção e pela decisão final. Leandro Fernandes, gerente de People & Culture do ManpowerGroup Brasil, afirma que é essencial conscientizar ambos os grupos sobre seus vieses inconscientes para garantir uma inclusão efetiva.  

“Técnicas conhecidas, como o ‘CV cego’, podem ser adotadas, evitando que os recrutadores e líderes tenham acesso a informações discriminatórias, como gênero, etnia e instituição de formação. Dessa forma, os candidatos são avaliados exclusivamente por sua qualificação, experiência e domínio dos temas abordados em entrevistas”, explica o especialista. 

Outro ponto decisivo é a promoção constante de uma cultura de diversidade, que é um dos fatores que facilitam a atração de candidatos LGBTQIA+. Para isso, é crucial impulsionar campanhas com esse tema em todos os níveis da organização, promovendo uma cultura inclusiva e acolhedora. 

Leandro ainda ressalta que é primordial intensificar as ações de igualdade de oportunidades por meio de programas bem estruturados de diversidade. O gerente defende que as pessoas LGBTQIA+ e outras minorias devem ser tratadas com equidade, nivelando o acesso a oportunidades e considerando as limitações históricas que enfrentam na sociedade. 

“Ao comunicar e promover internamente as vagas afirmativas para pessoas LGBTQIA+, é essencial que a empresa tenha uma compreensão abrangente da diversidade e esteja aberta a receber candidatos da comunidade. Os gestores devem estar preparados para lidar com essas questões de forma natural. Comentários ou atitudes preconceituosas devem ser tratados assertivamente, para evitar sua repetição”, defende. 

Avaliando a eficácia do método 

Para avaliar o impacto das iniciativas de vagas afirmativas para pessoas LGBTQIA+, é importante que a empresa adote indicadores-chave de desempenho. Leandro sugere iniciar com uma pesquisa interna e sigilosa para identificar a porcentagem da população corporativa que se identifica como LGBTQIA+, bem como verificar a distribuição dessas pessoas nos diferentes níveis da organização.  

Em seguida, é possível analisar indicadores, como o aumento da participação dessas pessoas nos processos seletivos, o aumento na contratação em comparação com períodos anteriores, o tempo de permanência na empresa e a taxa de promoção. 

“É importante destacar que, do ponto de vista jurídico, não há nada que impeça as organizações de criar oportunidades de emprego para esse público em específico. Pelo contrário, ao abraçar a pluralidade, as empresas ganham em engajamento, produtividade, criatividade e inovação”, finaliza Leandro. 

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