Mais de cem mortos no Rio: ação vitimiza população e policiais sem desarticular de forma sustentável as organizações criminosas

F: Reprodução O Instituto Sou da Paz lamenta e repudia a megaoperação policial realizada no Complexo do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, uma tragédia sob todos os enfoques. Até o momento, soma-se mais de 64 pessoas mortas, dentre elas quatro policiais, o que faz com que essa seja a operação mais violenta da história recente. Sabemos que a situação no Rio de Janeiro é extremamente complexa e um desafio enorme para as instituições de segurança pública, mas enfrentar o crime organizado com operações de ocupação massiva nas suas áreas de domínio territorial não tem trazido resultados sustentáveis, sendo  uma lógica ineficiente e comprovadamente letal para a população. Esse tipo de estratégia não ataca os elos centrais do crime organizado, não rompe as rotas do tráfico de drogas para países europeus, não desmonta seus mecanismos de lavagem de dinheiro ou de abastecimento de armas. Além disso, gera um acirrado fogo cruzado em áreas densamente habitadas, colocando em risco direto a v...

Confiança da indústria volta a subir, diz CNI

O empresário industrial está confiante em junho, especialmente em relação aos próximos seis meses. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador subiu 1,2 ponto e chegou a 50,4 pontos em junho. Com o resultado, o índice cruzou a linha divisória dos 50 pontos, que separa a falta de confiança da confiança no setor industrial. Foram entrevistadas 1.382 empresas entre 1º e 7 de junho.

O resultado interrompe uma sequência de três meses de falta de confiança na indústria que marcou o período entre março e maio de 2023. Desde o início do ano, o ICEI se encontra próximo da linha divisória dos 50 pontos, alternando entre confiança e falta de confiança.

De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, a visão do empresário em relação às condições atuais da economia brasileira ainda é negativa, mas ao longo deste ano percebemos uma melhora das expectativas.

“Ainda que não seja perguntada explicitamente a razão para essa avaliação ruim e das expectativas positivas nessa pesquisa, sabemos que a atividade industrial tem sido muito prejudicada pelos juros altos. Ainda assim, esse é apenas um dos elementos que afeta a confiança do empresário, entre outros, estão o alto patamar de inadimplência e de endividamento das famílias”, explica Marcelo Azevedo.

Melhora percepção do empresário no curto prazo e para os próximos seis meses

A pesquisa da CNI mostra avanço de todos os componentes do ICEI na passagem de maio para junho de 2023. O Índice de Condições Atuais avançou 1,1 ponto, para 44,2 pontos. Apesar da alta, o índice segue abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que os empresários veem piora das condições atuais de negócios na comparação com os últimos seis meses. A percepção de piora na avaliação da indústria, no entanto, é menos intensa e disseminada que em maio.

O Índice de Expectativas subiu 1,3 ponto para 53,5 pontos. Por estar acima da linha divisória de 50 pontos, o número indica mais otimismo da indústria para o segundo semestre do ano. Destaca-se que esse otimismo segue restrito à empresa. Enquanto o índice de expectativa da empresa aumentou 1,1 ponto, para 56,8 pontos, o índice de expectativa de economia brasileira subiu 1,9 ponto, mas ficou em 47 pontos, ainda abaixo da linha divisória.

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