A 18ª rodada da pesquisa Genial/Quaest de avaliação do governo Lula mostra empate técnico entre aprovação (48%) e desaprovação (49%), retomando o patamar de janeiro. A aprovação de Lula registra recuperação progressiva desde maio. Os grupos que se destacam no desempenho positivo do presidente são os eleitores que dizem não ter posicionamento político, as mulheres e os adultos entre 35 e 59 anos. A avaliação geral do governo também vem se recuperando desde maio, e mostra distância menor entre os que avaliam negativamente a gestão atual (37%, contra 38% em setembro) e os que têm avaliação positiva (33%, contra 31% na pesquisa anterior).Entre as mulheres, a aprovação do governo Lula subiu de 48% para 52% e a desaprovação recuou de 48% para 45%. No grupo de 35 a 59 anos, a aprovação, de 51%, superou a desaprovação, de 46%. E na avaliação por posicionamento político, os que se dizem sem posição reduziram a desaprovação e levaram a um empate técnico: 48% de desaprovação (50% em setembro) e 46% de aprovação (mesmo índice do mês anterior).
Esse mesmo grupo destaca-se na avaliação comparativa do governo. Entre setembro e outubro, recuou de 51% para 42% o percentual dos que consideram o governo Lula pior do que o esperado, e avançou de 14% para 20% o índice dos que o consideram melhor.
Veja o levantamento completo aqui.
Notícias – Desde maio, subiu de 19% para 30% o percentual de entrevistados que dizem ter visto mais notícias positivas do que negativas sobre o governo. 46% dos entrevistados dizem ter visto mais notícias negativas do que positivas e 20% dizem que não têm visto notícias.
Três notícias que se destacaram desde a última pesquisa foram submetidas aos entrevistados: o encontro entre Lula e Trump durante a assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), o discurso do presidente brasileiro na mesma ocasião e a reforma do Imposto de Renda, com isenção para os que ganham até 5 salários mínimos e taxação de 10% sobre os ganhos superiores a R$ 600 mil por ano.
Imposto de Renda – A reforma do IR foi a notícia sobre a qual mais entrevistados tiveram conhecimento: 68%, contra 32%. A maioria aprova. São 79% a favor da isenção de imposto para quem ganha até R$ 5 mil e 17% contra. A taxação dos mais ricos tem a concordância de 64% e a discordância de 29%. Para 49% as mudanças vão trazer uma pequena melhora em suas finanças, e para 41% uma melhora importante. 10% não sabem, ou não responderam. Entre lulistas e esquerda não lulista, prevalece a opinião de que a melhora será importante. Nos demais grupos, é significativo o percentual dos que esperam uma melhora importante: 36% entre os sem posição política, 34% na direita bolsonarista e 36% entre os bolsonaristas.
Trump – O encontro entre o presidente Donald Trump e o presidente Lula foi de conhecimento de 57% dos entrevistados, contra 43% que desconheciam.
Para 49%, Lula saiu politicamente mais forte do encontro com o presidente dos EUA, enquanto 27% dizem que o presidente brasileiro saiu mais fraco, 10% que não saiu nem forte nem fraco e 14% não souberam, ou não responderam. Na divisão por posição política, 44% dos que se dizem sem posicionamento acreditam que Lula se fortaleceu, 25% que ficou mais fraco, 20% não sabem ou não responderam e 11% que não houve mudança.
Lula na ONU – O discurso do presidente na assembleia da ONU foi ignorado por 56% dos entrevistados e conhecido por 44%. Entre esses, 52% dizem que a fala de Lula foi boa, 34% que foi ruim, 6% que não foi boa nem ruim e 8% não sabem ou não responderam. Também sobre esse tema destaca-se a avaliação positiva (49%) dos que se dizem sem posição política, contra 25% que consideraram ruim o discurso.
PEC da Blindagem – A pesquisa traz um bloco sobre a PEC da Blindagem, mostrando que o tema foi ignorado pela maior parte dos entrevistados. 54% não souberam da votação, 60% ignoraram a aprovação na Câmara e 62% passaram ao largo da rejeição do texto no Senado. Para 39% o governo saiu mais forte das manifestações e para 30%, mais fraco, enquanto 22% não sabem ou não responderam.
Economia – As avaliações sobre a situação econômica variaram pouco em relação à pesquisa anterior, e não foram determinantes para o resultado. A expectativa para os próximos 12 meses variou positivamente – 43% esperam que a situação melhore, contra 40% em setembro, e 35% esperam que piore (contra 37%). A avaliação sobre a direção do Brasil continua negativa. Para 56% a direção está errada e para 36%, correta.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro. Foram 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais. As margens por grupo sociodemográfico estão informadas na página 2 do relatório.
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