Câmara desampara meninas vítimas de estupro e aprova o PDL da Pedofilia

F: Divulgação Um dia após a aprovação do PDL 3/2025 pela Câmara dos Deputados, a campanha  Criança Não é Mãe   publicou uma nota que classifica  a decisão como “constrangedora, desumana e politicamente obscena”. O projeto suspende a Resolução 258/2024 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que estabelece o fluxo de atendimento para meninas vítimas de violência sexual. Na nota, a campanha observa que a Resolução 258/2024 não cria novos direitos, mas apenas organiza o acesso ao aborto legal, previsto desde 1940 no Código Penal, e orienta profissionais de saúde, escolas e conselhos tutelares a garantir acolhimento e sigilo. Portanto, com a aprovação do PDL 3/2025, a Câmara desautoriza uma norma de proteção e expõe meninas engravidadas por estupradores à revitimização e à tortura institucional. “É execrável ter um Parlamento que afirma defender a infância fingindo não saber o que significa obrigar uma criança a seguir com a gravidez decorrent...

Obra mergulha nas múltiplas faces das famílias marginalizadas

A garantia de direitos das famílias modernas é objeto de um completo e detalhado estudo apresentado pela pesquisadora Samantha Dufner no lançamento Famílias Multifacetadas. A partir de um viés constitucional e humanista, a autora aborda de forma inédita as diferentes facetas da diversidade com a inclusão de formações não reconhecidas e marginalizadas pela sociedade.  

Mestre em Direitos Humanos, advogada, consultora, parecerista e professora em Direito das Famílias, a autora descreve os avanços na jurisprudência – súmulas, enunciados, provimentos, resoluções e convenções – acerca dos novos modelos familiares, das entidades ignoradas como família e dos núcleos estigmatizados pelo preconceito social.

O manual, de volume único, perpassa o casamento, a união estável, os núcleos homoafetivos, transafetivos, ectogenéticos, coparentais, monoparentais, socioafetivos, multiparentais, bem como os não reconhecidos, a exemplo dos poliamoristas, simultâneos e multiespécies. São 16 capítulos dedicados às famílias conjugais e parentais, considerando o direito à diferença, dignidade, pluralidade, liberdades, diversidade e equidade.

“São pessoas que precisam ser protegidas do abuso, que precisam ser acolhidas em suas vulnerabilidades sociais e ser destinatárias de um novo, acolhedor e fundamental direito que honre suas escolhas, que honre seus decoros que, por vezes, parecem invisíveis ao modelo padrão do direito de família”, destaca o prefaciador Rolf Madaleno, uma das referências no tema no país.

A obra está disponível em livrarias de todo o país e é atualizada com o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero 2021 do CNJ – Conselho Nacional de Justiça, que se tornou obrigatório em 2023. Neste sentido, a autora também traz capítulos especiais sobre família, religião, patriarcado e direitos humanos das mulheres. Ainda instiga uma discussão ampla sobre monogamia e relacionamentos não monogâmicos traçados pelo consenso e pela cultura.

Temas ligados à reprodução humana assistida, inseminação artificial, fertilização in vitro, barriga solidária, intersexos, gênero neutro e outros com foco na solução dos conflitos e garantia dos direitos também são analisados. Com farto referencial doutrinário e um texto didático, Famílias Multifacetadas contribui para desconstruir estigmas, discriminações e preconceitos que excluem do ordenamento jurídico todas as formas possíveis de amor.

Ficha técnica

Título:
 Famílias Multifacetadas – Direito Civil Constitucional das Famílias
Autora: Samantha Dufner
Editora: 
Revista dos Tribunais
ISBN:
 978-652-600-316-9
Páginas: 474
Edição física
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