Setor imobiliário impulsiona mercado de trabalho para quem tem mais de 60 anos em Goiás

F: Divulgação Com o envelhecimento da população brasileira, o mercado de trabalho tem se reinventado — e o setor imobiliário vem se destacando nesse movimento. Segundo o Censo Demográfico de 2022, o país já conta com 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 15,8% da população — crescimento de 56% em relação ao último levantamento. Um estudo do Grupo OLX, com base na PNAD Contínua do IBGE, mostra que esse público já representa 20% dos corretores de imóveis no Brasil, quatro pontos percentuais a mais do que em 2019. O dado reforça que envelhecer, hoje, não significa desacelerar, mas seguir ativo, produtivo e socialmente engajado. "Esses profissionais aproveitam sua rede de contatos, conhecimento local e experiência para continuar atuando de forma estratégica e eficiente no mercado. A profissão de corretor permite que mantenham uma vida ativa, com retorno financeiro consistente e a oportunidade de trabalhar com um propósito: contribuir com famílias que buscam real...

Documentário Cartas Marcadas aborda racismo no mercado de trabalho

Três jovens negros brasileiros e a realidade do mercado de trabalho marcado pelo racismo. Esse é o ponto de partida do docu-reality Cartas Marcadas, que tem produção e direção criativa de Cristiano Frois, e direção de Karol Maia. A ideia original foi de Eduardo Migliano, da 99Jobs, e o filme é patrocinado pelas marcas DASA e Mercado Livre, e é uma coprodução entre Trip Filmes e Warner Bros. Discovery. O filme será exibido sexta-feira, 20 de novembro, às 18h no Discovery e estará disponível no streaming discovery + no mesmo dia.

O Brasil é país com uma população 56% negra, e o maior índice de desemprego entre negros e pardos é na faixa de 18 a 24 anos. Como esses jovens podem começar uma carreira nesse país marcado por desigualdades sociais, raciais e de gênero? Cartas Marcadas acompanha as histórias de Merielen, Lucas e Matheus. 

A vida real deste trio mostra as dificuldades, as lutas, mas também as possibilidades de vitórias e os encontros de afeto e apoio nesse cenário tão desigual. Ao longo de 1h de filme, seus relatos íntimos e sinceros se alternam com o dia-a-dia, as conversas com seus familiares e depoimentos de profissionais que nos elucidam as complexas tramas do racismo estrutural no Brasil, como o Pesquisador do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Estudos Interdisciplinares do Negro Brasileiro, Billy Malachias, da psicóloga Fabiana Silva, do publicitário Felipe Silva, do Head de Diversidade e Inclusão do Grupo DASA, Lucas Silva, da head de Diversidade e Inclusão do Mercado Livre, Angela Faria, e do especialista em recrutamento e seleção e presidente da 99Jobs, Eduardo Migliano. 

"Eu admiro cada um dos personagens deste filme. Amo vê-los na sua desobediência contra as estruturas racistas, indo buscar o que também pertence a eles. É lindo ver como suas famílias os acompanham e criam um espaço seguro para que eles se recuperem das quedas, mas onde também podem celebrar suas vitórias", conta Karol Maia. 

Contando com uma equipe com a maioria de profissionais negros em todos os níveis de criação e produção (Diretora, Roteirista, Story Producer, Coord. De Produção, Logger, Câmera, Assist. de Câmera, Maquiagem e Trilha), o documentário é também fonte de inspiração para seu público, que poder ver na tela histórias parecidas com as suas. 

"Tomamos muito cuidado para não colocar os personagens na narrativa perpetuada pela branquitude: uma história que começa dentro de lares pobres e desestruturados, mas que lutam e superam com muita ajuda e muita sorte uma posição de sucesso. Neste documentário, os personagens são apresentados como cidadãos que rompem estruturas com talento e são cercados de afetos e estímulos", explica a roteirista Maristela Mattos. 

"Na minha visão, o ponto chave do documentário é mergulhar na realidade dos jovens negros que conseguiram superar os primeiros obstáculos econômicos, consequência do racismo estrutural vivenciado duramente por seus antepassados. O filme revela o quanto, mesmo tendo tido acesso à educação qualificada, esses profissionais negros ainda enfrentam desafios adicionais ao longo de suas vidas pessoais e profissionais, que tornam suas trajetórias na busca pela mobilidade social muito mais complexas e difíceis do que as dos seus contemporâneos brancos", avalia Paulo Lima, Editor-chefe e sócio da Trip.

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